quarta-feira, 28 de setembro de 2016

aviso.

Aviso: 
Ninguém vai entender se vc for apaixonado pela vida e aceitar a morte como defeito de todos. Mas ainda assim não sabemos fazer de outro jeito. Então , apaixonemo-nos. Soframos , uns pelos outros, e torçamos para que a raiz dessa flor possa ser forte o bastante para que se chame amor, no futuro. 

sábado, 24 de setembro de 2016

Ele mal sabia... (Os passos de meu pai )

Meu pai me deu seu próprio nome. E assim , acho que ele queria que eu seguisse seus passos. Mas eu, logo cedo deixei claro que não estava disposto a seguir seus caminhos.
 Filho de alfaiate, meu pai sempre sabia o que vestir , e como fazer as roupas ficarem elegantes. Enquanto que eu aceitava o que ele escolhia, mas nunca conseguia fazer nada parecido. Era escalafobético e gostava de misturar estilos. Não conseguia me sentir confortável se não pudesse mudar alguma coisa no riscado da roupa. Detestava uniformes. Mesmo os da escola primária.
Um certa vez havia morado por um tempo em outro estado, que não o que fui criado. Ali, havia surfistas e meninas que  nos tomavam nos braços. Havia culturas de todo mundo e costumávamos nos misturar aceitando beber a mesma bebida que os amigos bebiam, e também comprando os objetos da moda, como o cordão de yin e yang, e a camisa com gola de neo-prene. As calças jeans eram bag ou semi-bag para os homens, principalmente para quem gostava de hip-hop e surf. Os tênis eram completamente datados, possuindo arranjos de cadarços e cores da moda, que naquele tempo era o neon. Tinham também linguetas gigantescas e um aspecto que remetia ao filme "De volta para o futuro."
Numa dessas ocasiões que que me arrumava com roupas novas e que vesti minha indumentária de semi-playboy. Ao adentrar a sala de TV e deparar com meu velho pai, perguntei como estava. A resposta do velho Caetano foi como uma sentença:
- "Parece um Astronauta!'' - disse em tom enigmático.
 Ele mal sabia que continuava o mesmo, com sua tiração de sarro amigável e costumeira, me deu a benção para minha vocação artística, ao acertar o que minha roupa dizia, mesmo antes de que eu soubesse. Meu próprio nome, dado mais tarde pelos hippies, já que ele como pastor não poderia fazê-lo, mas talvez apenas prever que alguém acabaria me dano esse apelido, mais cedo ou mais tarde.  Meu pai me deu seu nome, e também me deu o meu nome, antes que eu recebesse esse mesmo nome de meus amigos e colegas, para que eu pudesse seguir seu conselho, sem ter que seguir seus passos. Para que um dia eu pudesse ter minhas próprias pegadas contadas como apenas minhas, apesar de seguir, de um jeito estranho, meu, e torto, os passos de meu pai.
 Muito Obrigado, pai.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

gata, relógio, eu, e bom, meu tempo em paz.

hoje eu desci com minha gata pra passear. na coleira. ela não gostou muito. eu havia achado um relógio, mas não funcionava, como ela viu primeiro, quis dar a ela. juntei ao meu próprio tempo, mas nada adiantou gatos vivem muito e não contam o tempo, nem gostam de coleiras... deixei o relógio lá, além da grade de ferro, é o melhor lugar para o tempo ir-se. talvez seja reciclado, talvez encontre outros tempos. eu , minha gata e o relógio perdido para sempre. que aquele que o encontrou faça bom proveito, e deixe meu tempo em paz.

domingo, 4 de setembro de 2016

Mesurado

Por traz de toda medida, se esconde uma desmesura.