domingo, 28 de maio de 2017

caros coxinhas

Eu sei, caros coxinhas, que ensinaram vcs que os pobres é que são o perdedores, mas veja bem. Não é sobre ter grana. Muita gente nasce e morre sem ter tido grana . É sobre perder a noção da realidade. E nós que temos menos grana conhecemos muito mais a realidade que vcs. E como vcs não tem tanta grana assim, senão estariam morando em um lugar mais seguro. Vcs tbm não conhecem a realidade do que é ter grana de verdade, e principalmente viver num lugar onde todos tem(ou ninguém tem tbm, pois é nesses lugares que se descobre a realidade do ser humano. nos extremos, depois de ter saído da meiúca).
a questão é que quem não sai da meiúca mental nunca vai além do que o papai e a mamãe ensinaram (e isso tbm era meiúca).
no fim , perdedor é quem perde a noção de que o rico é privilegiado, e mormente não fez força pra ser rico, mas teve pais ricos (ou nobres), o classe média tem que se alienar se não quiser enlouquecer tentando subir a lacuna quase impossível entre médio e rico. (exceção pros classe média que nascem ricos e caem , pois quanto mais aguda fica a montanha social, mais classe altas caem para média e menos sobem para alta, muitos classes médias caídos não querem mais ser ricos, eles devem saber alguma coisa que não sabemos a respeito... ahahahahahahahahahahahaha! tipo o efeito colateral. ).
E pobres, como nós, quando temos chance de melhorar, na maioria das vezes não sabem o que fazer com isso, pois não há (NÃO HÁ) um modelo de educação que ensine pobre a ficar rico. Pobre não tem culpa do que acontece numa sociedade onde a renda fica excluída das mãos da maioria. (comparativamente é absurda a diferença de renda da parte de baixo da classe média e dos ricos da classe alta. o dinheiro que poderia resolver as coisas fica na mão de mais ou menos 1%. Isso mesmo, cerca de metade da grana, é dividida entre os um por cento mais ricos. O pobres , nem se quebrarem tudo, conseguem colocar a mão nessa grana. Metade de tudo. E isso não é dos governos. É dos ricos.
Não é da classe média. É dos ricos. Não é minha . É dos ricos. 
não perdedor não é quem tem pouco ou muito dinheiro.
Perdedor é quem junto com os pobres, classes médias, média-alta, e ou menos ricos, nem percebe que fica excluído da chance de melhorar o mundo em que vive, no que tange a tecnologia e infra-estrutura, e acha superimportante a opinião do seu mestre, do seu repórter, do seu padre, que tbm não vai poder mudar mais nada. 
Nessa altura da realidade. Vencedor aqui em baixo é que sabe que perdeu, que tem pouquíssima chance de reconquistar a própria REALIDADE, e mesmo assim não desiste. E perdedor é qualquer hipnotizado esperançoso, por promessa ou propaganda. Que não consegue ir além do que papai e mamãe ensinaram quando a vida era melhor. Perdedor é quem não sabe que sempre foi ruim para os pobres e miseráveis. Mas que está piorano. E são esses merdas desinformados é que ajudam , ou não atrapalham a piorar mais. #mundiça e não é sobre ter grana. vc pode ter grana e não ser coxinha... é sobre tomar vergonha. 
DABC.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

mais que nada

quando estou tocando, escrevendo ou pintando, estou mudando o mundo. o quanto, não importa. é "mais que nada".

terça-feira, 23 de maio de 2017

Entenda

O estrangeiro nunca vai entender o brasileiro. Porque os estrangeiros temem a guerra e a fome, deuses e demônios. Enquanto que o que o brasileiro teme é se tornar um dos arquétipos do Nelson Rodrigues.

sábado, 20 de maio de 2017

videotacracia

é o nome dessa bosta de sistema ...

Uma coisa

Uma coisa relativa que eu pensei nesse instante.
Foi um  refletir lindo.
Paradoxal e incessante.
Eu achei proporcional ao momento inusitado.
Que algo tão belo e sublime me fosse assim revelado.
Como algo que se expande.
Como o som dos elefantes.
Com tom calmo e conclusão elegante.
Abriu-se como cortinas e ressoou num estanque.
Nas lufadas da minha boca.
No perfume inebriante.
Porém já completo no significante.
Restou-me o estranho comentário redundante :
-Maconha não dá onda... Pfuuuuuuu... Depois de fumar Skunk.

Mundofeliz para todos!

Humildade na riqueza e disciplina na pobreza.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Negação

Muitos momentos cruciais da minha vida se baseiam em observar o que serei ao tomar tal atitude, e me negar a ser aquilo, custe o que custar, e torne-me o que eu me tornar.
A negação não me livrou de ser quem eu queria, mas sim e sempre de me tornar algo que eu não queria, nem quero, nem nunca hei de querer me tornar.
Se for pra me decepcionar comigo no passado, nego o futuro, ainda no presente.
Não  sei se serei sempre o que quero, mas definitivamente pude e posso escolher o que não ser.
Escolhi ser o que era para ser o que sou, e nunca deixar de ser que serei. Pois é disso que darei contas ao travesseiro a cada noite, por menor que seja.

HUMANIDADE

CONDENAM ARMAS.
ENDEUSAM OS INVENTORES DELAS.
FINANCIAM OS FABRICANTES DELAS.
CONFIAM APENAS NAQUELES QUE AS PORTAM.
ACEITAM E ORGANIZAM SUA PRESENÇA.
AMAM SUA APARÊNCIA, SOM E CHEIRO.
ELES MESMOS AS APONTAM, ATIRAM, LIMPAM E ATIRAM DE NOVO.
ELES MESMOS AS DESTROEM , COLECIONAM, REVERENCIAM.
ELES MESMOS TRATAM AS VÍTIMAS DE TAL INVENÇÃO SEMI-INÚTIL.
ELES MESMOS APONTAM-NAS PARA SEUS CÉUS DA BOCA E APERTAM SEUS GATILHOS.
ELES CHORAM OS QUE FIZERAM ISSO, E ACHAM ISSO ABSURDO.
ELES NUNCA OLHAM PARA SUAS PRÓPRIAS MÃOS.
SEUS INIMIGOS.
SÃO INIMIGOS DELES MESMOS. NEM AS ARMAS O SÃO.
FOSSEM SEUS AMIGOS, DESFARIAM-SE DELAS, DEIXANDO-AS COMO MUSEUS DO MAU EXEMPLO.
ARMAS PARA A HUMANIDADE, NÃO.
HUMANIDADE PARA A HUMANIDADE, SIM.
POR GENTILEZA, SIM?

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Infinito

  Em frente ao mais sofisticado e perfeito bio-computador quântico já construído, o matemático centenário continua a tarefa extenuante de ditar o logaritmo que faria a máquina funcionar.
  Depois de bilhões de letras e números , o cientista está na última página.
  A bio-máquina, que levou anos de para ser construída e engendrada, entre as mais avançadas tecnologias de células tronco com o DNA dos maiores gênios da humanidade e os mais sofisticados hardwares feitos dos materiais mais nobres, foi feita para resolver definitivamente por meio de toda influência possível , todos os problemas do ser humano. Fazendo um "reparo '' no tecido quântico-mecânico-espacial, no erro que aconteceu no início do universo, ao mesmo tempo que mantendo as
condições que trouxeram a vida humana. Usando marcos , materiais datados e o entrelaçamento quântico-espaço-temporal, para corrigir tudo menos os erros que levaram nossa existência, por meio da evolução e seleção natural, para sermos ainda quem somos, ao mesmo tempo que corrigiria os defeitos que nos tornaram vulneráveis ao comportamento de rebanho e a auto-destruição de toda espécie, já bem adiantada. Faria com que se reformulasse , mas com entropia direcionada e controlada, e até anulada em alguns casos, toda história do universo, e nos traria uma situação final, em forma evolutiva, mas com continuação temporal suficiente para que o ser humano conseguisse deixar a vizinhança do Sol antes do advento supernova (e o consequente esmagamento da Terra entre a corôa solar e a gravidade de Júpiter, junto com Marte e a lua), ainda como seres humanos, mas sem os atrasos tecnológicos de mil anos, por conta da noite histórica chamada Idade Média, que seria a parte da história mais afetada por correções específicas, e no evitar de mortes de cientistas, botânicos, artistas, filósofos e outras pessoas que recebiam inspirações e comunicações quânticas de mundos mais adiantados. Mas nada disso era entendido naquela época. Havia muito medo e superstições. Causaram mil anos de atraso. As  ondas programadas corrigiriam as decisões nos cérebros da pessoas marcadas pelo logaritmo. Tudo isso seria reformulado e esquecido, exceto pelos arquivistas a H.U. (Humanidade Unida).
  Mas nosso herói de cabelos brancos e raros está cansado. Sua voz é captada, rouca e fraca, por um dispositivo microfônico, mas está falhando, em meio a tosses e um ruído parecido com o ronronar de um gato velho. A respiração parece que não vem. A máquina pára de reconhecer sua voz. Ele toma então a prancha negra de cristal, conectada com a máquina, e começa a escrever com letra manual , na ponta do dedo, a última parte de números letras e algarismos desconhecidos nesta época. A bio-máquina reconhece sua caligrafia e continua a registrar o logaritmo.
"Puta merda... Devia ter feito os malditos exercícios físicos... " Pensa fazendo uma careta de dor. "Vamos! É a última parte, seu velho tolo..." (falava mal de si mesmo em sua mente, pois nunca em sua vida ninguém o fazia, já que era um exemplo para seu tempo. Sentia falta de ser criticado. Fazia isso a si mesmo , mesmos sabendo mentiras o que se auto-imprecava. Não queria sentir falta de nada que o tornasse humano.)
  A bio-máquina espera que ele termine de escrever o código. O tempo espera. A humanidade espera.
 Ele treme, pois percebe que que sua voz se foi porque está morrendo de um ataque cardíaco. Um ataque lento e doloroso que agora é sentido em seu abdômen e cabeça. Decide-se pelo martírio e continua. A causa vale. Tem netos. É viúvo há muito, sem ter encontrado outra parceira (que foi quem projetou junto com ele a bio-máquina, e lhe deu seu nome. ). Seus netos terão um presente e um futuro maravilhoso.
  Já com a cabeça de lado , apoiada na superfície do cristal, escreve trêmulo os últimos três números meio tortos e caindo para a direita : cinco, sete... oito.
 Morre.
  A bio-máquina inicia. O código roda, enquanto ondas quânticas são arremessadas no universo.
 Os efeitos dessas luzes e ondas não seriam percebidos até que alcançassem seus objetivos no tecido tempo-espacial: O início do universo.
 Em meio a sons e as sensações novas, o instrumento tecnológico transcreve os últimos símbolos que leu, marcando para sempre, no destino da humanidade, seu itinerário final:
 "Cinco, sete... Infinito."

FIM