quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Juízes frangos

A vida muitas vezes se mostra como um concurso de míster universo, em que todos da bancada são  não hipertróficos, pois são pessoas normais que estudaram anatomia, nutrição, educação física e medicina, ou fisioterapia. E patrocinadores, é claro.
 Não sabem o que seria "puxar um ferro" por horas, ou fazer dieta seca, nas épocas de competição.
Apesar de fracos, e não conhecerem a dor que a produz, sabem reconhecer a beleza dos que a conseguem elaborar melhor que eles. E não se julgam indignos de julgá-los sem esta parte essencial da experiência.
 Nem tentam. Sequer tem a glória daqueles críticos de arte que são artistas sem sucesso de público, mas reconhecidos em produzir e aferir bem o que seja sucesso no que fracassam. Estes não são invejosos, mas querem divulgar a boa arte, que gostariam de fazer, mas o destino e a fortuna legou a outros executar melhor e com mais público.
 Não são como frangos que julgam concursos de míster universo. Eu teria vergonha de fazê-lo. Como teria vergonha de julgar a poesia  de outrem fraca, se achasse minha própria poesia fraca, ou não dotada de inspiração real, a saber : as emoções, experiências, dores, orgulhos, vergonhas e amores reais que não mencionei enquanto escrevia. A raiva, o estupor, o espanto ante o próprio pensamento delirante.
"A arte, pra mim, é assim."

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Mas, e se...

Num universo de entropia e incerteza, as palavras que devemos ter mais cuidado ao usar são:
-mas, e se...
Pois cada realidade evocada , exigirá um desfecho. E se ela não for fértil e benéfica, mas estagnante e nociva, impedirá o solo de produzir novas possibilidades, condição necessária para que haja aferição das probabilidades. Não haverá então respiração para as raízes mortas se desfazerem de seus gases e acumular apenas o que é nocivo, mantendo a terra seca. Mas uma névoa morna  fétida, cinza e quente substituirá os prados e florestas antes verdejantes.
E a natureza das idéias , realidade da mente, realidade última do ser humano, produzirá algo parecido com chorume, com odor de enxofre e amônia, no lugar de água, e cheiro de chuva.
A ecologia das idéias é tão importante a saúde mental quanto a diversidade delas.
Equilibre sua selva, seja ela de metal , concreto , árvores ou idéias.
Não há permanência . Faça sua natureza durar o máximo, e ser o mais bela e harmoniosa possível.
Um pica-pau vai achar que bater a própria cabeça é felicidade.
Mas você não tem que ser um pica-pau, se não for um pica-pau.
"Mas, e se..."
Use, sim. E não há moderação.
Apenas use com responsabilidade, e seja cuidadoso com a realidade que cria.
Pode acabar com só você dentro dela.
Boa sorte.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Diálogo com a enfermeira do laboratório.

-vc tem um sotaque diferente.
-não. eu não tenho "um" sotaque. o fato de eu não ter sotaque igual ao seu faz vc pensar que tenho outro. Mas se perguntar para os que vivem onde cresci, saberá que também não falo como eles. Ainda que não fale totalmente como vc. :)
-tem razão, não posso dizer de onde é teu sotaque.
-como pode então dizer que tenho um, e que é diferente?
silêncio.

fINGINDO

eu olho essa gente toda e penso:
-o que será que eu estou fingindo que não sou?

terça-feira, 22 de novembro de 2016

SE FUDEU (OU, ", AINDA.")

A HUMANIDADE SE FUDEU QUANDO PAROU DE APRENDER A LEMBRAR COM AS CRIANÇAS O QUE ESQUECEU PARA CUIDAR DELAS... MAS PODE VOLTAR , AINDA.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

psiqué domada

Estou em um daqueles momentos da vida em que temos sete moedas comemorativas.(duas das para-olímpiadas), e nos sentimos verdadeiros vencedores na vida por tal proeza, em pleno dia 18 do mês.
Sim , são moedas de R$ 1,00 (uM rEAL).
nÃO É LInDO O pODER DE UM PUnHADO DE CoMEMORAçÕeS VÂS , mAS dE bEleZA POéTIcA E humAniSTA, Sem MuitO VALOr mONETÀRio , MaS PLENAS de sigNIFICADOS, quaNDO BeM REpReseNTAdoS , soBre NOSsa sINgELA E fráGIL PSiQUÉ DOMada?

psiqué domada

Estou em um daqueles momentos da vida em que temos sete moedas comemorativas.(duas das para-olímpiadas), e nos sentimos verdadeiros vencedores na vida por tal proeza, em pleno dia 18 do mês.
Sim , são moedas de R$ 1,00 (uM rEAL).
nÃO É LInDO O pODER DE UM PUnHADO DE CoMEMORAçÕeS VÂS , mAS dE bEleZA POéTIcA E humAniSTA, Sem MuitO VALOr mONETÀRio , MaS PLENAS de sigNIFICADOS, quaNDO BeM REpReseNTAdoS , soBre NOSsa sINgELA E fráGIL PSiQUÉ DOMada?

NON SENSE .

Cerveja só. maconha eu ia dizeno baseado no assunto.
vinho eu de cantina, da roça, com minha vodka ao lado,
quando ao avistar a praianinha, viu o velho barreiro num vat 69.
céu meio cinzano e mar meio martini, eu já em altas e outras ondas...
sem saber o que brindar,
gin...

mas tinha logan isso?
tennessee! jack daniel razão, so johny walker away,
eu viajei e fiz um muchocho: -run...
Idos de 88...
campari uma vida ca outra... é drurys...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

QUANDO?

quando os(as) cara(s) que escreve(m) o texto(?) da vida(!) vai(ão) perceber que um monte de coisas da vida já perdeu a graça ?

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Kid

Conhece o Kid?
Que Kid?
Kidia Horrivis pra história da humanidade, parente do Kiano Horrivis pra nossa evolução planetária.
 É piada ruim, mas o Trump foi eleito, e meu dia não vai mal, então dá nota cinco aí pra realidade, hoje, e põe na minha conta. E escreve junto.
Sem graça e generoso, como todo apaixonado...

terça-feira, 8 de novembro de 2016

FLOR ROXA 2

AMAR É COMO SENTIR AS RAÍZES DE SUA PRÓPRIA VIDA DE PLANTA.
NÃO TEM QUE SE VER NADA.
SÓ SENTIR.
SE MANTER LIGADO AQUILO QUE COMEÇOU A SUA VIDA DE PLANTA E SENTIR ESSA LIGAÇÃO.
SER CONECTADO ASSIM A TODAS AS OUTRAS PLANTAS E A VIDA.
E PRINCIPALMENTE , NADA TEM A VER COM FLORES ROXAS E PERFUMES ATRAENTES.
ESTÁ MAIS PRÓXIMO DOS DECOMPOSITORES E DOS ESTRUMES QUE SE FIZERAM DE OUTROS AMORES MORTOS.
PERTO DAS MORTES QUE TE DERAM OS NUTRIENTES DA VIDA.
SALVANDO ÁGUA, AO INVÉS DE TROCAR GASES E ATRAIR POLINIZADORES.
AMOR É BATATA.

A vida numa caixa de música.


O piano é automático e frio.
Ninguém realmente toca pra bailarina dançar.
Ninguém se importa com a dança, ou com o brilho das suas vestes.
Ninguém se apieda de por quanto tempo ela está ali dançando.
Ninguém lhe dá nada , de fato.
Dão à caixa, e não dão de fato.
Apenas guardam ali, o que querem usar em alguma hora, se for um brilho novo.
 Ou pra nunca mais, se for algo quebrado, que por mero apego,
                                                                                  não foi pra sucata, ou para o refugo.
A bailarina fica, ainda assim, feliz.
Crê-se. Pois seu sorriso não mudou nada com o passar dos anos.
As vezes, na pressa de sair, nem a colocam pra rodar.
Ou por preguiça de dar corda.
A música velha , ainda que linda, sempre toca o mesmo tema.
Ninguém nunca pensa em colocar a bailarina pra dançar quando colocam músicas novas.
E quando chega o momento fatídico em que a bailarina, a corda, ou a própria caixa se quebra.
É apenas uma caixa.
É enfeite.
Não fará falta.
A tristeza é fraca e infantil.
Morre débil, rapidamente.
Natimorta tristeza.
Restou a música velha e eterna.
Mas ninguém se lembrará da bailarina quando a ouvir.
A música nunca foi dela, mesmo...

postagem do face

a maneira que eu vejo a vida é diferente. 
A pior coisa do mundo é quando fecha um boteco, ou um bar , pois representa que as pessoas do local não estão tendo grana nem para prazeres simples como beber um gole, enquanto ouve um som, come um tira-gosto, ou olha pra uma tv de canto de teto.
A segundo pior é quando abre uma igreja evangélica petencostal em cada esquina, pois representa que a esperança daquelas pessoas não está mais nesse mundo natural, mas no além sobrenatural. sequer nos pequenos e simples prazeres. sequer nesta vida. e agora sem os prazeres e na desesperança de ir pro céu. dão seu dinheiro pra algum hipócrita ou cínico(no mal sentido)
é muito triste essas duas coisas juntas. pior que abrir funerária e cemitério. é fechar bar e abrir igreja evangélica petencostal. eu sempre lamento...
Humanidade da Terra- Comunidade Carente.
na Igreja Quântica Do Mundofeliz De D. Astronauta Ben Caetano vai ter um bar. foda-se. :P

sábado, 5 de novembro de 2016

aos dois

Dou razão aos dois.
A saber: aos eus e aos nós.
Pois vós e eles, não são eus ou nós porque não querem,
E ainda por não serem, querem desfazer-nos,
 Como se, por não sendo nós , um vós,
Ou seja, um nós de vós, tivéssemos sido feitos por vós.
Pois creem que só os de vós fazem os nós de vós.
E que nós não nos fazemos a nós mesmos.
E assim teriam o direito de nos desfazer quando um de nós, sendo feitos de vós,
Um de vós não nos tornássemos , ou ao menos não nos confundíssemos com tal coisa.
Por serem idênticas , é óbvio.
Posto que somos todos nós, e quando vistos por nós a nos diferenciar de vós.
Mesmo que vós sejam eles, ou deles.
Não por aparência, mas por atitude, tal é atitude dos que consideram-nos não nós, a despeito do desejo legítimo, ao menos para nós, de que todos os nós, ou ao menos os eus, sejam  todos um nós, ainda que feito de muitos eus.
 O que nem ao menos isto vós quereis ser.
Tal é nossa única diferença.
Eu sou a diferença.
Se você também sabe-se um eu, você entende.
Também assim a diferença se torna.
Mesmo dentro do seu nós.
E mesmo que seja de vós.
Não és deles , por ainda ser seu o eu.
Se você não é como eles, que não se sabem mais eus.
Você ainda tem razão.
Você tem razão e não está sozinho com seus eus.
Há um nós.
E aos eus e aos nós damos razão.
Mas nunca a vós, que não são eus.
E é obvio, nunca a eles.

VIVO E RINDO

O D. Astronauta vivo,
assombra o mundofudido,
causando riso,
enquanto o ilumina o Mundofeliz,
rindo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Isso não se diz assim, aqui!

Eu queria ter sotaque.
Sim , queria muito.
Eu me lembro de quando tinha.
Era confortável. Demorava pra que chegasse no problema de ser ou não ser humano.
Dava tempo de aprender algo e de socializar com os que eram de casa.
Já reparou que o sotaque de casa é igualzinho?
As pessoas falam todas igualzinho quando vivem juntas.
É até bonito escutar, assim sem prestar atenção, sem saber quem é quem, nem o que estão dizendo.
-Menenené?... Mené? meneéé menené... Menenene! -Sem entender nada sabe, só ouvindo aquela musiquinha de família comendo e fofocando a vida sem maldade.
Que saudade.
Como agora ao longe , em  uma mesa de restaurante, ou comendo em um parque ou shoping.
Houve um tempo em que eu falava como meus irmãos.
E meus irmãos falavam diferentemente da maneira que falam hoje.
E nós todos falávamos da mesma maneira, menos minha mãe, que era de outro estado.
Hoje já penso que ninguém tem sotaque depois de certa idade.
Tem é personagem, e personagem até o sotaque é falso.
 Para mim, nem tem.
Detesto sotaque falso.
Amo sotaque verdadeiro e a maneira como as pessoas que amam seu sotaque dizem:
-Isso não se diz assim, aqui!
E de como falam todas as mesmas coisas.
De como falam todas iguais.
De como falam o nós entre eles.
Mas não eu.
Eu viajei demais.
 Ainda que sempre ache que foi pouco,
E sempre saiba de quem viajou menos e mais que eu.
Quem viveu na estrada e quem morreu na primeira viajem.
Eu viajei mais que todos, pois perdi o sotaque.
Dizem que isso até é viajar errado.
E que é por isso que as vezes eu preciso viajar para o passado até chorar, ou quase.
Pra ouvir de novo minha voz com sotaque.
Pra voltar a falar e ouvir o nós falado junto.
Mas agora só ouço o tempo todo:
-Isso  não se diz assim , aqui!
(e são todos estranhamente como minha mãe, não importando o sotaque que tenham.)

terça-feira, 1 de novembro de 2016

PASSAR O DIA NA IGREJA

Prefiro passar o dia na minha igreja sozinho que ter que admitir as fezes do mundo no meu nariz por mais tempo que sou obrigado. São muitas fezes... na minha igreja se harmonizam , mas no mundo geram guerras. Não gosto de caminhar por entre a guerra que vai na Terra desde todas as eras. Vou lá quando preciso ou precisam, e nem eu nem eles temos mais tanta necessidade uns dos outros. Acho que a humanidade está amadurecendo...