domingo, 13 de janeiro de 2013

A espada do Pequeno

Todos entraram na sala e tomaram seus assentos ao redor da mesa. De frente para o rei, sentava -se sempre o pequeno.
 Todos colocavam seus escudos ao atrás da cadeira e suas espadas a frente na mesa. A menor espada era proporcionalmente a do Pequeno. Os outros tinham grandes e reluzentes lâminas prateadas ou acobreadas que reluziam intensamente. A lâmina do Pequeno era diferente, meio azulada e com uma ferrugem amarelada, ela não brilhava tanto aos olhos.
 Os criados ficavam junto à parede, fazendo os cães se calarem e observando também em silêncio o desenrolar da reunião. Um deles, que era novo, cochichou para um dos seus colegas de serviço:
 -Vê a espada do primeiro cavalheiro? Na certa é o guerreiro mais temido! e sua espada , a mais afiada!
Mas o outro em silêncio, apenas apontou com o queixo para o centro da mesa, onde estava o Pequeno, que não estava sequer entre os três primeiros, e em seguida , também com o queixo apontou para o centro do teto.
 As lâminas refletiam ali e formavam algo como um relógio ao redor do candelabro, e estranhamente, entre todas, a do pequeno é que fazia o maior reflexo, projetando uma luz azul-verde-ouro, que quase atravessava o teto de lado a lado, tocando e ultrapassando com seu reflexo, até mesmo o início do reflexo da lâmina do rei.
 Piscou o olho e em silêncio continuaram a observar a reunião dos cavaleiros.

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