Meu Amor.
Meu amor não cabe na cartilha e não serve para todos. Meu amor só ama quem quiser. Não o obrigo a ser cristão, ateu, ou pagão. Amor forçado deixa de ser sincero. E se há convicção, é natural a sinceridade. É sincera a naturalidade. É exclusivo.
Eu posso não amar você e amar seu vizinho. E não terei razão igualitária no amor. Não dou amor de esmola pro mendigo. Eu tenho pena e nojo dele (não pel ser, que é belo e poético, mas pelo cheiro). O mau cheiro impede que eu chegue perto. Com o mendigo tenho compaixão, e dou-lhe dinheiro e pão, como esmola. Não amor. Amor sabe a isso não.
Como disse o sábio poeta, "Eu amo quem eu quiser". E como eu quer. Ah, o eu só sabe querer. E se quer, quer, se não quer, quer o contrário, mas sempre quer.
Meu amor não cabe na cartilha. Posso amar o que você odeia e nunca sequer sentir beleza e poesia no que você ama. E ainda assim, amar você. Posso amar o que odeio com a mesma intensidade. E não haverá censura, e nem mesmo conhecimento, pois o amor, as vezes, é secreto.
O amor será como é. Como for. Apenas nunca mais como foi. E nunca na história, se repetirá.
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