sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Nosso amigo Astronauta.

Sem que se espere, eis que sonora risada se espalha e à noite adentra, como um canto de paz e fervilhante alegria.
 Transcendente, ela encobre os cochichos e as declarações de amor no sussurro doce dos amantes.
 Todos aderem a esses episódios repetidos de descontração e harmônicos momentos.
 É a alegria incontida do astronauta descendo do céu da sua própria boca, que aberta para o ritual do riso, somente se fecha ao soprar o seu pequeno e dourado saxofone, que é um OVNI escravo e obediente ao comando genial do seu talento.
 Não sei seu nome.
 Sei que é um astronauta de cabelos longos e desajeitados, meio esgaldripados.
 Figura espanéfica e até inoxidável no contexto metálico das suas espaçonaves interiores. Sinto sua falta quando não desce no Espaço Convés da nossa cultura.
 Muito bom!
 FERNANDO MENDES BOREL. (Crônica da coluna do Borel na página do Arte Jovem Brasileira). 

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