domingo, 24 de junho de 2018

Dialeto do tempo abundante.

Eu mato pra passar o tempo.
Mato o tempo. Segundo por segundo.
Vou matando o tempo que no passa nadie.
Passo um segundo, passo outro.
Pulo um tempo e mato outro no peito.
Engulo a seco ao passar mais um.
 Passou , foi por pouco.
Passo esse eu também?
Passei quantos até agora.
Sei lá. Passei por todo tempo.
Passando tempo, primeirão.
Cheguei primeiro, saio por último.
Senão , ainda ficaria alguém pra me passar.
Corro atrás de novo.
Matando o segundo primeiro, o minuto em terceiro.
Na eternidade, eu passo o quarto.
Matar pra passar.
Matar e passar.
Matar é passar.
Assim.
Passei por esse tempo.
Passa, passa...
Próximo!
Primeiro! Primeiro! Primeiro!
Segundo! terceiro!

Passo.

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