Pensar não é como exercitar uma coisa aprendida.
Tal exercício é semelhante a usar uma pazinha de areia.
Pensar já é como enfiar a pazinha na areia,
Sentir que ela se encaixou em algo maior,
Mas que por um motivo desconhecido
Você consegue mover também com facilidade.
E atendendo o desejo mais puro,
Você puxa a Grande Pá que se tornou seu brinquedo,
Espalhando areia pra todo lado e gritando! E rindo!
Mas em poucos instantes,
Você olha de novo para o chão e vê o buraco,
Os outros brinquedos e também seus amigos
Despedaçados, quebrados ou feridos.
Os pais mortos ou aterrorizados.
Quanta destruição.
Quanta dor.
E você quase sempre depois disso irá ficar só.
Até que cheguem outros com crianças e brinquedos.
E que você olhará de longe com sua Pá na mão,
As outras crianças enfiarem pazinhas
E tirarem as pazinhas do chão
Sem nada acontecer a não ser a velha e boa diversão infantil.
E você lá, em silêncio, sem avisar que a destruição está nas mãos das crianças, embaixo dos próprios pés. ..
Esperando que alguma algum dia consiga encontrar o encaixe.
Alguém que faça soar o clic!
Pra que você tenha com quem brincar.
É necessário que pensem
Mesmo sendo fato de que pensar destrói.
Pensar dói.
E de muitas maneiras.
Mas é necessário que pensem
Para que você não fique só
A mover a Grande Pá.
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