domingo, 13 de setembro de 2015

Triangulo de Penrose

777
Todos estão por dentro,
Os mesmos que estão por fora,
Se você chegou aqui,
Porque fugia de onde estava,
Se lá sentia medo
E queria ir embora,
E ao ver uma porta aberta,
Sentiu a sorte que vigora,
Pode se aproximar,
Escolher um lugar,
E, em paz tome assento.
Pois aqui, fora ou dentro,
Mesmo que corra,
Voltarás,
Mesmo que morra,
Acordarás,
E se pra trás ou pra frente,
Alto , baixo, ou centro,
Te moveres sem parar,
Novamente, imutavelmente,
Eternamente aqui chegarás.
Pois desse triângulo equilátero
De lados porém desiguais,
A menos que fosse Ortóptero,
Ou ao menos, Quiróptero,
Ave! Entre os animais,
E, assim pudesses te alçar.
A gravidade te puxará
Para baixo e para o centro,
De fora pra dentro,
E novamente até fora,
De novo e de novo,
Entardecer e aurora,
Ainda assim,
Para sempre, e sempre.
Nunca e jamais,
Poderás ir embora.
Pois és bola,
É bola,
Esfera de metal,
Bilha e mola.
Espada e estola.
Sola.
Só.
Ó
o
0
.
.
.



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