quarta-feira, 15 de março de 2017

A Paz que Sinto

Dentro do meu corpo , vivo em trevas.
Na escuridão da minha caixa craniana habitam faíscas bioquímicas.
Meu coração movimenta o sangue, enquanto se banha na tênue luz avermelhada que penetra por entre a pele, os poucos músculos e os ossos.
É uma escuridão morna.
Substâncias endócrinas e enteógenas tornam agradável o passeio e o repouso.
Ou incomodam quando está faltando algo.
No centro dos meus ossos, o sangue surge.
A paz que sinto, não sei de onde vem.
Não é daqui. Não parece ser deste corpo.
Não confio totalmente nela.
Mas estamos aprendendo a conviver.
Para que eu me torne pacífico,
Ou ela se torne louca.

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