domingo, 19 de julho de 2015

O Deus Membro Fantasma

Todos sabemos que Nietzsche matou deus. Ou pelo menos , deu-lhe o atestado de óbito e a causa mortis: o amor e a compaixão pelos homens.
 Tento me ocupar então da parte que falta desse quebra cabeças: Quando e porque o ser humano criou seu senhor, e o fez não para adorá lo, mas para servi-lo.  Quem era o morto, como nasceu, e se era útil, ou mesmo se teria descendentes.
No texto que estou escrevendo, Bebê, falo sobre qual o instinto humano comprometido no  processo de obter conforto para si. Parte fundamental no processo de evolução da espécie humana.
 Conforto esse que não começou com obtenção de bens , mas de sucesso, em caçadas e na vida diária, por conta do clima terrestre, cheia de enfrentamentos com desastres naturais e psicológicos, e de diversidade de padrões infinita. Dividido entre a noite e o dia, a luz e a escuridão. Panorama bem diferente do útero materno.
 O início da vida traz as experiências mais traumáticas e complexas da mente humana. Provocando uma marca profunda na mente, e criando uma necessidade extrema de explicações acalmadoras, para que seja possível não pensar nessa marca, ou mesmo utilizá-la inconscientemente, para realizar tal nova diversidade de problemas e reconhecimento destes novos padrões.
 Daí nasce o monismo pré-histórico , da pintura rupestre. E a toda evolução do aparato mental religioso. A prótese artificial para aliviar o incômodo do membro fantasma.
 A questão seguinte seria a dicotomia terapêutica que encerra tal pressuposto:
 O membro amputado (cordão umbilical, útero, unidade com o universo-mãe, tempo ininterrupto, mono cromática realidade, nutrição automática, segurança, amor incondicional perfeito, silêncio, paz)
 foi amputado por necessidade evolutiva. Ninguém pode viver no útero. Há que se nascer ou se abortar.
 A adaptação ao trauma deve ser a prótese para o membro fantasma e seu aperfeiçoamento, visto a tamanha evolução do uso da mesma, e a dependência psicológica que o ser humano criou sobre ela?
 Ou, dado o membro fantasma nunca ter sido necessário de fato, fora do útero. e a possibilidade de equilíbrio do homem, em viver separado, como indivíduo, do universo. Sendo seu próprio provedor, construindo seu próprio lar, um novo útero, tendo unidade apenas psicológica e com um número limitado de pessoas, tempo fragmentado, até mesmo pelos frames das piscadas dos olhos, realidade múltipla e poli-dimensional, nutrição a ser buscada constantemente. incerteza e insegurança, amor humano e falho, sons, conflitos, e etc, PODERIA O HOMEM SER EDUCADO A NÃO TER FALTA DE DEUS, comprendendo para isso qual a sua real necessidade, e que ela NUNCA será satisfeita?
 Este é o tema de Bebê.
 Pretensiosíssimo, já que eu sou leigo em todos os assuntos sobre o qual estou escrevendo, mas não pretendo estar certo. Apenas quero compreender melhor minha vida, permitir que outros o façam junto comigo, e talvez deixar mais uma pista da reposta correta.
 Vocês são meus convidados.
 Mundofeliz pra quem quer...

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