segunda-feira, 27 de junho de 2016

Certezas.

Não tenho certeza de nada.
Tem certeza?
Sim. Então tem.
Não tenho certeza de nada.
Tem ? Certeza disso?
Não. Então nem sabe.
Tenho certeza de tudo.
 Mas e agora disso?
 Apenas o que me cabe.
Tenho certeza do agora.
 Do futuro que virá,
Antes que o passado se acabe.
Renovando tudo que se perde.
Recomeçando tudo que sobre.
Apoiado no nada que se move.
Uma lâmina que sobre si mesma, se dobra.
Não tenho certeza de nada.
Só do que sabe meu cântaro e meu odre.
Que o álcool sobe no vinho
Enquanto que  o mosto desce.
 E nisso sim, tenho certeza,
 É para o rico e para o pobre.
A nenhum nem ninguém discrimina.
Não despreza o plebeu,
E tampouco prefere o nobre.
Como a certeza da existência
Da verdadeira beleza.
Mas nem nisso aposto.
Pois vai que o copo cai da mesa?
E assim lá se vai o vinho abaixo.
E com seu brilho vermelho e raro.
Descem também minhas certezas...

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