sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Labirintando

Tiro no escuro.
Com alvo incerto,
Tom inseguro.
Ontem estava perto,
Mas, no apuro,
A maior parte do metal
Não era ouro puro.
Dividido no passado,
Perdido em tantos futuros.
É bem em frente, rente.
Mas, novamente um muro.
Quebramos, então!
(Quem sabe aí, o que procuro)
Aceitação?
Integração?
Ou apenas outro monturo?
E onde leva a discussão?
Só o que não sei, asseguro.
Mas, de pai negro e mãe branca,
Para dois povos já nasci impuro.
Mas, e para os outros ?
Nem existo?
São meus irmãos.
Eu juro.
Então seguindo na rede,
Eu, nem pescador nem peixe,
Continuarei observando.
Encostado na parede.
Olhando através de um furo.
Vendo a multidão dar a volta.
Enquanto se benze.
Em "Credo e Cruz" .
E em "Desconjuro".

Um comentário:

  1. De filosofo á Poeta eis o Mestre em ação.
    Amei! Tenho que mais uma vez repetir: PARABÉNS. bjs

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