O sol ainda não se levantou
E a lua não está mais lá.
A madeira fria da porta
Atrás dela se fechou.
A frente a floresta escura.
Além a colina distante
Atrazando o amanhecer.
Para o perfume das trevas ela caminhou.
Ao som persistente e agourento das aves noturnas,
Ela leva a cesta vazia,
Que lhe lembra da sorte e do ofício
Que o destino lhe escolheu.
Ela sabe que é cedo
E que tudo está oculto e tenebroso.
Mas apenas pela falta da luz.
Ela sabe que não há caminho melhor que o seu.
A floresta cada vez mais densa,
E agora a íngreme encosta.
Mas seus olhos brilham.
Ela não esquece sua missão.
As árvores vão se acabando.
E agora de cima do monte já pode ver
O sol nascendo lá no horizonte.
Banhando o campo colorido que desce ante sua visão.
É o campo mais florido
Que alguém pôde ver.
Ela desce correndo e rindo
Para ali colher.
Flores do campo para vender.
Para cheirar, perfumes
E cores para ver.
Flores do campo para vender
Para sentir, texturas
E uma vida para entender.
E agora ao voltar
Pela mesma floresta,
Ela vê que sol
Tudo já modificou.
Que os pássaros agora
cantam bonito e alegre.
Azuis, vermelhos , amarelos.
Cores que a luz revelou.
E sua casa será um arco-íris
De cores sem fim.
Bálsamo do campo
para o odor e a visão
E as abelhas voando em volta
Para mel produzir.
E com seu simples doce
Fazer feliz o coração.
É a casa mais feliz que se pode ter.
E ela corre agradecendo
Por ali viver.
É a casa mais feliz que se pode ter.
E ela cuida das flores cantando
Seu feliz viver.
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