Quem conheceria os desvios lúgrubes do coração humano?
Quem os aceitaria? Quem os perdoaria?
Quem caminharia pelas passarelas altas do sonho humano?
Quem não se atiraria abaixo, ao percebê-los irreais?
Ou tomaria uma atitude que faria endurecer as areias movediças do medo da morte, da má sorte, da rejeição?
Que olhar perscrutaria a escuridão para fugir das garras luminosas e coloridas da ilusão?
Quem se lembraria do céu no inferno?
Ou cuspindo o sangue do murro, lembraria o gosto do leite materno?
Quem se esquecerá do pior e se lembrará do "eu maior"?
Quem, por tudo que há nesse mundo aparentemente vão, poderá se lembrar da verdade?
Quem por toda a imensidão da eternidade, poderá abrindo mão da temeridade, chegar ao fundo desta questão?
Quem?
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